maio 10, 2010

Rabo-de-chicote

Nome comum: Rabo-de-chicote comum
Nome cientifico: Rineloricaria  parva (Hemiloricaria parva)
Tamanho máximo: 11 cm
Aquário mínimo: 80 cm
Temperaturas: 21-24°C


O Rabo-de-chicote (Rineloricaria sp.) é uma das muitas opções de comedores de algas que poderemos ter num aquario. No entanto, este loricarídeo tem as suas específicidades, pelo que não é apenas uma variação estética. Ao contrário dos plecos, panaques e ancistrus não se cola ao vidro para comer as algas, prefere ficar no fundo do aquário, o que poderá ser interessante.Tem também o útil hábito de comer algas das folhas das plantas, mas não as danifica.

Cresce cerca de 11 cm, mas pode atingir 12.5 cm. Recentemente, ao que tudo indica dos meios cientificos, o seu nome cientifico foi alterado para  Hemiloricaria parva. O nome comum deve-se a um fio no rabo que se aparenta com um chicote.

Há muitas espécies de rabo-de-chicote vendidas apenas com a descrição Rineloricaria sp. podendo ser várias espécies diferentes, o rabo-de-chicote comum (R. parva), tem barras paralelas até ao rabo com uma linha no meio de cada banda.

Manutenção
A manutenção é identica a outros peixes-gato da América do Sul. Comem algas que apareçam no aquários, mas focam-se no substrato, nas pedras e folhas das plantas. A ementa deve ser completada, em dias distintos, com tabletes de peixes-de-fundo e rodelas de corguette. 

Compatibilidade
O Rabo-de-chicote não tem questões de compatibilidade dignas de nota em relação a outros peixes e invertebrados, sendo perfeitamente compatível com a maioria dos peixes comuns em aquário. E, até mesmo invertebrados. Poderá ser uma boa opção em aquários orientados para camarões, visto ser um predador de planárias, indesejadas em aquários deste género, deixando os camarões em paz.

Reprodução
Apesar de ser perfeitamente possível de o reproduzir em aquário, a identificação de machos e fêmeas é complicada. Os machos têm nas barbatanas peitorais e no queixo pequenas zonas serrilhadas. Para a reprodução do rabo-de-chicote recomenda-se uma caverna profunda na qual caiba o casal, podendo ser um simples cano. 
   

abril 13, 2010

Camarão Vampiro

Nome comum: Camarão Vampiro, Camarão Filtrador Africano Gigante, Lagosta Filtradora
Nome cientifico: Atyopsis gabonensis
Tamanho máximo: 11-15 cm em aquário. 18 cm em estado selvagem
Aquário mínimo: 80 cm
Temperaturas: 24-28°C


O Camarão Vampiro ou Lagosta Filtradora é um crustáceo pacífico, bastante tímido, tem algum comportamento mais semelhante aos lagostins que a camarões, prefere cavernas e locais recônditos do aquário.

Manutenção
Requer aquário estabilizado, maturado e com plantas naturais. É sensível à amónia e nitrito. Não requer grandes preocupações em relação ao tipo de água, ácida ou alcalina (pH: 6.5-7.4), água mole ou dura.
Alimentação de forma bastante interessante e de forma semelhante ao Camarão Madeira, ou seja, através da filtração de partículas em suspensão na coluna de água, desde algas, resíduos a microorganismos. Consome pastilhas para peixes de fundo. Essas pastilhas devem ser oferecidas especialmente se o aquário for recente e de prevenção.

Para melhor podermos apreciar o camarão "lagosta" podemos fazer uma caverna virada para a frente do aquário, e assim assistir à filtração que faz dentro da caverna. Podemos atirar uma pastilha de peixes de fundo para junto dele para o motivar a se alimentar.

Compatibilidade
Nunca causará problemas, é compatível tanto entre os exemplares da sua espécie, como em relação aos restantes companheiros do aquário, sejam pequenos peixes ou pequenos camarões cereja (red cherry) ou mesmo peixinhos recém-nascidos.

Ciclídeos, de qualquer tamanho, podem ser um problema, existe o potencial de poderem magoar este camarão de aspecto robusto mas frágil por ser inofensivo. Pode ser mantido com tetras e outros peixes de igual dimensão, ou até relativamente maiores ou menores, sem que estes façam mal ao camarão, devido à sua grande dimensão.

Reprodução

Extremamente rara em aquário. Maioria são capturados selvagens. Diferença entre machos e fêmeas não é evidente.

abril 09, 2010

Fertilização de plantas em aquários de areia fina

Muita fauna, principalmente os peixes, necessitam de areia para ter comportamento natural. Além desta dar um ar mais aquático, tornará os peixes, camarões e moluscos mais visíveis e mais apelativos visualmente.

Estamos a falar da "areia fina de sílica", também conhecida nas lojas como "areia para cíclideos". A areia fina do rio é diferente, contém poeiras e outros elementos que a tornam muito compacta. No entanto, mesmo essa é apta a plantas.

As plantas requerem imensos cuidados, luz, fertilização e ainda trazem algas novas. Valerá a pena ter nos nossos aquários centrados em fauna? sim, é importante. As plantas ajudarão a criar um ecossistema, embelezam bastante e criam refugios. São muito relevantes.
Já ouvimos a lengalenga "a areia não é o substrato para  manter plantas", "a areia compacta e sufoca as raízes."  Na realidade, a areia é apta a variadas plantas, desde que tenhamos cuidados em termos de iluminação e fertilização, devido à esterilidade da areia. Algo que acontece com qualquer outro substrato...

Existem, também, espécies de plantas mais fáceis, requerem menos luz, menos fertilização e que, para além disso, podem conviver com diversos animais, mesmo com alguma tendência herbívora. Outras plantas adaptar-se-ão à areia. Logo podemos construir, na mesma, um mundo selvagem apto a variadas e interessantíssimas espécies.

A fertilização deve ter três componentes:
  • Fertilização por pastilhas - fertilizante vendido em pastilhas e enterrados na areia junto às raízes das plantas mais exigentes
  • Fertilização líquida - esguicha-se um pouco directamente na água em dias em que não fazemos TPA.
  • Trocas parciais de água (TPA) - Isso mesmo, mudar 10-20% da água com água da torneira, para cuidar dos seus peixes, também faz maravilhas para as plantas!

Estes fertilizantes (pastilhas e líquido) só são vendidos em lojas de aquariofilia. Nunca em caso algum use fertilizantes normais para plantas de interior, são venenosos para os nossos animais. Mesmo ao comprar um fertilizante numa loja de aquários deveremos comprar apenas o que citem explicitamente na embalagem que não contêm nitratos nem fosfatos. Visto que existem outros géneros de aquariofilia, como a dos "jardins submersos" (os Aquários Naturais). 

Esses dois elementos, nitratos e fosfatos, são produzidos pelos peixes, e o facto do fertilizante não os ter, mas ter o resto, até ajudará a equilibrar o ecossistema do seu aquário, reduzindo a necessidade de trocas parciais de água e reduz o risco da existência de picos de amónia repentinos. Caso o fertilizante tenha esses elementos prejudica este tipo de aquariofilia muito centrada na fauna e com alta carga de produção biológica.

Fertilizantes, claro que sim. Nitratos e Fosfatos não!

Ciclídeo Boca-de-Fogo

Nome comum: Ciclídeo Boca-de-Fogo, Acará Boca-de-Fogo
Nome cientifico: Thorichthys meeki
Tamanho máximo: 12 cm (poderá crescer relativamente mais ou menos)
Aquário mínimo: 100 cm
Temperaturas: 26-30°C




Ciclídeo Boca-de-Fogo

O Ciclídeo Boca-de-fogo ou Acará Boca-de-Fogo é um interessantíssimo peixe, quer em comportamento quer em coloração, proveniente de vários efluentes do Iucatão no México, apresentando variações de tonalidade conforme a sua origem.

Manutenção
São omnívoros, preferem algas e pequenos crustáceos na natureza. No aquário, comem praticamente tudo o que lhes for oferecido. Contudo, não é um comedor de algas de aquário, se bem que desenvolve um gosto especial pelas tabletes de algas dos peixes de fundo.

O ciclídeo Boca-de-Fogo é um peixe muito complexo e viverá 15 anos ou mais se bem mantido. Devemos apenas introduzí-lo num aquário estabilizado, por exemplo, um mês depois de termos introduzido os peixes de cardume.

Compatibilidade

É um dos ciclídeos de médio porte mais pacíficos, apesar de não ter a mesma popularidade que o Escalar é também uma excelente escolha para um aquário comunitário. Nada fica a dever aos ciclídeos africanos dos grandes lagos, pelo contrário, apresenta uma coloração, personalidade e inteligência que rivaliza e ultrapassa muitos dos seus congéneres africanos. Tem ainda a vantagem de poder ser colocado num comunitário e com pH baixo, como os de peixes provenientes da Amazónia. Tal como o Escalar podem surgir problemas de compatibilidade com pequenos peixes de cardume como os néons e pequenos camarões.

É possível mantê-lo com uma variedade de fauna, incluindo o Camarão Madeira, desde que estes estejam já desenvolvidos e tenham tocas disponíveis.

O Boca-de-fogo irá interagir, por domínio, com outros boca-de-fogo, mas também com outros cíclídeos, como o Escalar ou os Kribensis. Esta mistura será razoavelmente segura e interessante de ser observada. No entanto, não devemos exagerar na colocação do número de Boca-de-Fogo num aquário. Não será bom por mais que dois, dada a agressividade direccionada que demonstram ter com os da própria espécie. Quanto maior o aquário (em comprimento x largura) e com mais plantas e rochas, mais seguro é colocar outro Boca-de-Fogo.


Reprodução

Em termos de manutenção, o recomendado é termos um casal num aquário de 100 cm. O comportamento reprodutivo dos Ciclídeos Boca-de-Fogo é semelhante aos africanos, protegendo a prole, com um extra em termos de espectacularidade, visto que com a agressividade, os boca-de-fogo ganham uma coloração variante visualmente forte impulsionada essencialmente pela famosa "boca-de-fogo" mas também pelo resto do corpo.Se tivermos um casal temos que ter um aquário com areia, contar para que estes escavem o aquário e apresentem agressividade contra os outros peixes que ousem entrar no seu território. Fora isso, que até será interessante, é um peixe bastante dócil.

A diferença entre machos e fêmeas é mais complexa que, por vezes, se faz crer na Internet, com a visualização do tipo de barbatana, que no macho será mais colorida e terminará em fio. Contudo ter um casal (macho e fêmea) ou dois machos ou duas fêmeas, será sempre interessante!

As lutas


Se vamos juntar dois machos, o ideal será criar um ambiente em termos de flora, troncos e pedras para que os peixes se possam esconder das investidas do outro. Podemos usar tocas de pedras, um grupo de valisnérias ou raízes.

É bastante interessante e visualmente fantástico assistir à luta de dois machos. É relativamente seguro, as lutas não passam de os peixes aumentarem as guelras expondo a famosa boca-de-fogo que tem como objectivo impressionar o rival, dando ilusão que se trata de um peixe maior que o que realmente é. As lutas incluem uma dança e umas corridas.

É possível que um macho dominado passe a dominante. A ordem de introdução do peixe no aquário interessará, e ajudará que o primeiro macho mantenha o domínio nos primeiros tempos, e poderá dificultar bastante a adaptação do outro macho. Mas é possível que o peso da balança se inverta.

abril 05, 2010

Vídeo: Praia Azul

Após algumas reformulações do aquário, quer no arranjo das pedras, dos troncos e, claro, da fauna e da Flora, encontra-se aqui um vídeo, não edicado, do aquário.

abril 01, 2010

Ampulária Dourada

Nome comum: Ampulária Dourada, Caracol Maçã, Caracol Mistério
Nome cientifico: Pomacea bridgesi
Tamanho máximo: 6 cm
Aquário mínimo: 40 cm
Temperaturas: 20-30°C

 Duas ampulárias confratinizando

A Ampulária Dourada é um molusco gastrópode aquático da Família Ampullariidae. Os moluscos desta família têm a particularidade de terem guelras e pulmões, tornando este curioso animal num anfíbio. Por isso, num aquário destapado é possível que a ampulária fuja.

Manutenção
Comummente confundidas com os caracóis (da ordem Pulmunata), a Ampulária Dourada não é hermafrodita nem come plantas vivas. É um cxcelente limpa-vidros, consome algas de início de montagem, mas tem preferência pelas algas verdes do género que enevoam os vidros do aquário, consumindo-as verozmente. Come também restos de folhas mortas e é uma ávida devoradora de courguette ou pepino cozidos, que pode ser oferecido em rodelas. Detritívora por natureza, pode também comer peixes mortos. Com esta mistura de algas e  legumes cozinhados, a ampulária crescerá até atingir o tamanho de uma bola de ténis. Aconselha-se a compra de Decalcit em pó numa farmácia para manter a concha deste molusco em boas condições.

Compatibilidade

É um excelente animal para se ter no aquário, belo, pacífico e  bastante activo e de comportamento bastante interessante. Em termos de compatibilidade, deve-se evitar enguias ou outros peixes de porte que se alimentem de moluscos.